A fim de continuar o desenvolvimento e reforço da garantia de qualidade externa em África, HAQAA2 ofereceu mais análises de agências de garantia de qualidade externas estabelecidas e visitas de consultoria a países nos quais existe uma agência de garantia de qualidade recentemente criada ou estão em curso preparativos para a sua criação.

Sob a supervisão da ENQA, a investigação documental foi realizada pela Task Force ASG-QA, avaliando os oito relatórios de revisão da primeira ronda realizada sob HAQAA1 (quatro visitas de consultoria e quatro revisões de agência – Senegal, Camarões, Togo, Moçambique, Zimbabué, Egipto, Marrocos, Mali – cada uma das quais recebeu a visita de uma equipa de peritos que elaborou um relatório de revisão). Isto resultou em sugestões de melhorias para a metodologia de revisão da agência, que foi posteriormente utilizada no HAQAA2.

Porquê revisões de agências e visitas de consultoria?

As análises de GQ destinam-se a contribuir para o processo de compreensão comum de como realizar a GQ e a acreditação externas. As GQA que acreditam instituições de ensino superior devem igualmente comprometer-se com determinados padrões em funcionamento, como também se espera quando avaliam instituições de ensino superior. As análises das agências apoiam ainda as interligações da garantia de qualidade interna e externa, uma vez que as agências são submetidas a um exercício de auto-reflexão pelos pares semelhante a um processo de acreditação de uma instituição. As revisões são ao mesmo tempo uma oportunidade de formação para peritos e agências que adquirem experiência em primeira mão na aplicação do ASG-QA, através de uma metodologia de revisão acordada. Além disso, o conceito de revisões de agências também melhora a aceitação internacional das ASG-QA africanas e, por sua vez, das IES africanas (que foram acreditadas por uma ASG-QA), uma vez que este é um mecanismo bem estabelecido na Europa e está também a ganhar proeminência noutras regiões do mundo (por exemplo, ASEAN).

HAQAA1 e HAQAA2 demonstraram que a exposição a uma avaliação externa em relação às normas continentais – o ASG-QA – contribui para um maior desenvolvimento e alinhamento regional entre as agências e os países que as desenvolvem. A um nível geral, tornou-se evidente que a adesão ao PAQAF e a aceitação geral do ASG-QA pode ser construída através de revisões das agências e visitas de consultoria. O processo e a metodologia estabelecidos pelo HAQAA1 e adaptados e melhorados no HAQAA2 serão importantes para a eventual criação de um registo africano de agências, supervisionado pela Agência Pan-Africana de Acreditação e Garantia de Qualidade (PAQAA).

Metodologia

A metodologia tem consistido:

Desenvolvimento de capacidades para o pessoal da agência de GQ

A formação para as agências e ministérios participantes foi realizada online no HAQAA. A formação foi dividida em quatro partes:

• Parte 1: O PAQAF, o ASG-QA, e a metodologia de revisão (segunda-feira, 14 de Junho de 2021)
• Parte 2: Preparação do relatório de auto-avaliação (segunda-feira, 6 de Julho de 2021)
• Parte 3: Preparar a visita ao sítio em linha
• Parte 4: Reuniões individuais entre o coordenador de revisão da ENQA e a agência/ministério

Avaliar a experiência HAQAA2 de revisões

Foi encomendado um “relatório global” para HAQAA2, que analisava os relatórios de auto-avaliação dos países envolvidos, e também os relatórios finais de avaliação, tal como entregues pelas equipas de peritos. O relatório compara-os e tira conclusões e recomendações para 1) mais formação necessária para o pessoal da agência de GQ, para melhor preparar a auto-avaliação, 2) mais ajustamentos metodológicos a considerar, para aumentar a eficiência das revisões. Estas recomendações foram também validadas na conferência final HAQAA2 em Acra, no Gana, a 6-9 de Dezembro, onde foi dedicado um dia à análise das necessidades de reforço das capacidades das agências de GQ.

Revisões realizadas no âmbito do HAQAA2